segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

                       Um brinde aos tristes do senso comum.



               Ultimamente, não consigo parar de respirar sem sentir uma pequena dor, tormento, tristeza, fúria.  Olho bem por perto, tento até fazer parte da mesma fragrância, mas não, nada faz com que eu entenda o desdém pelas ópticas mais belas que seguem a simetria de seus próprios sorrisos. 
               Até meu primeiro olhar, minha primeira impressão, faz com que eu perceba o conjunto brilhante de um nariz torto em cima de um rapaz bobo. Todas as minhas incertezas, troquei de lugar. Lavei a pia, fechei a toalha, escovei a parede, lustrei os dentes. Tudo mudei por mudar o rosto, a óptica, o fundamento. 
               Dor? Sim. Agora dói olhar ao lado, agora machuca saber que os castelos belos dos outros tortos tão certos, não têm fundamento algum. NENHUM. Se alguém conseguir explicar o porque daqueles cabelos mortos parecerem mais belos do que aqueles vivos escuros, por favor, faça-se entender com vigor, pois a beleza do vivo em todas as suas dobras e curvas, se fazem tão belo quanto a falta de padrão da fumaça que sai do meu cigarro amigo, que faz-me  parar, respirar e encantar.
               Menina menina, garoto tão bobo, se soubessem o quanto penso em ser feliz perto de vocês. Se soubessem o quanto penso em pegar nas suas mãos... ahhhhhh vocês, vocês, acabaram por sujar as lentes e fazer com que o brilho dos olhos se encaixe apenas naquela fragrância tão feia chamada: SENSO COMUM.

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